Hospital Dr. Albino Leitão modifica estratégia para acelerar atendimentos
A classificação de risco agora é identificada por cores, seguindo o Protocolo de Manchester
A Prefeitura, visando avaliar a gravidade de cada paciente e diminuir o tempo de espera no atendimento do Hospital Municipal Dr. Albino Leitão, reorganizou a identificação da Classificação de Risco, que tem como real objetivo diagnosticar o tipo de patologia de cada paciente que chega à unidade. Os pacientes agora são identificados com pulseiras de cores correspondentes a um dos cinco níveis estabelecidos.
A Classificação de Risco é feita através das cores amarelo, azul, verde, vermelho e laranja, que determina também tempo de espera para cada cor. Uma enfermeira realiza a avaliação preliminar através do Protocolo de Manchester, e, de acordo com a classificação de risco do paciente, encaminha de imediato para o médico ou pede para aguardar o atendimento.
TRIAGEM
O paciente chega ao Hospital, faz a ficha na recepção, que é passada para a
enfermeira da classificação de risco. A profissional faz toda a avaliação como
aferição da pressão, medição do açúcar, temperatura, e, em crianças e
adolescentes até 12 anos, o peso. Depois disso, é explicado o porquê da
colocação da pulseira e o tempo de espera dele para atendimento.
Segundo o coordenador de enfermagem do HMAL, Ilkaci Moreira, muitos pacientes chegavam ao Hospital com uma patologia que poderia ser tratada no Posto de Saúde e era atendido antes de quem tinha uma situação mais grave. “Muitas vezes recebemos pacientes em que o atendimento poderia ser feito no próprio Posto de Saúde e, sem esse protocolo, acabávamos colocando esse paciente que não era emergencial na frente de quem tinha maior necessidade”, explicou. “Estamos implantando a classificação de risco para facilitar o andamento do atendimento e para oferecer melhor suporte aos pacientes com real necessidade de atendimento de emergência”, completou.
“No início foi difícil fazer com que a população entendesse o procedimento, pois eles achavam que outros pacientes estavam passando na frente deles ou que tinham parentesco com alguém que trabalha no Hospital. Hoje está mais tranquilo, os pacientes estão aceitando melhor”, ressalta a enfermeira da Classificação de Risco do Hospital Albino Leitão, Marta Vieira. Marta explica como realiza o processo de triagem. “Eu seleciono através da ficha o paciente prioritário. Se tem uma criança com febre acima de 38°, por exemplo, o atendimento já é imediato. Aí classifico com a cor laranja e ela já vai direto para a sala do médico. Casos como pressão alta a cor é amarela”, finaliza Marta.
Estão sendo realizadas constantes reuniões com os funcionários do Hospital para informar o que é a Classificação de Risco. A ideia é fazer com que toda equipe trabalhe em cima de uma única fala. “Além da implantação da Classificação de Risco, estão sendo feitas reuniões com recepção, segurança, maqueiro e vigilante para eles saberem explicar ao paciente sobre a Classificação de Risco”, finalizou Moreira.
A paciente Rosa Maria estava aguardando o atendimento e ressaltou que entende a importância da Classificação de Risco. “Eu acho que tem que dar prioridade porque tem pessoas que estão numa situação pior que a minha. Se tem alguém necessitando passar na frente, é porque o risco é maior, e o fato de passarmos antes pela triagem é importante para verificar a situação do paciente”, concluiu.
Texto: Nara Letícia
Fotos: Gilson Santana
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